CESEM.IPL | Performance e Contexto | Portfolios | MusicEd
Obras | Compositores
Centro
Concêntrico
Concentro
Com Centro
Sem Centro
Excêntrico
Ex-Centro.
Um objecto com um centro
Ou um ex-centro
Destabilizado.
Uma calma concêntrica
Ou uma energia excêntrica?
Pianissimo é uma peça para piano com orquestra de sopros e electrónica.
Não se trata de uma escrita propriamente concertante, com diálogos e alternâncias solista/tutti mas antes de uma peça para piano expandido timbricamente pelos sopros percussões e electrónica.
O Piano, instrumento que fez parte da minha formação de músico e que se constitui como uma preciosa ferramenta de trabalho na minha actividade enquanto compositor, significa harmonia, ressonância, mas também ritmo e percussão. São estas as principais linhas de força que guiaram a criação de pianíssimo.
Esta peça é dedicada aos meus amigos Ana Telles e Alberto Roque.
Carlos Caires
Philippina é uma dedicatória ao corpo vivo. Ao seu movimento. À sua capacidade de nunca ficar estático por completo. Todos os gestos musicais presentes querem refletir uma imagem de dois bailarinos e a sua linguagem corporal, a sua luminosidade.
Philippina Bausch foi a minha companhia. O maestro Alberto Roque, o João e o Marco, a minha certeza. A eles dedico esta revolução em mim.
Esta peça faz parte de um estudo que tenho vindo a desenvolver sobre gesto musical, com o tema: “Gesto – a Música sobre um plano coreográfico”. O objecto artístico final terá dois bailarinos em palco, acompanhados pelos solistas e pela orquestra.
A obra Sopro do Côncavo foi composta no âmbito do III Concurso Nacional de Composição da Banda Sinfónica Portuguesa tendo sido posteriormente premiada e dirigida na sua estreia pelo Maestro Pedro Neves, na Sala Suggia da Casa da Música, no Porto, em Fevereiro de 2015. [em 2017 a obra foi revista pelo compositor.] De uma perspetiva muito abstrata e direcionada para a forma da peça, assistimos três momentos que refiro nestas breves notas pela importância que eles representaram para mim na estrutura poética da obra. Inicialmente o vazio que nos leva à profundidade seguida por uma panorâmica de tensão. Concretizado o nascimento da peça, ouvimos um sopro, ganhamos a coragem para proferir o verbo, somos vivos e enérgicos. No fim, contraímos o peito para dentro, pouco a pouco voltamos atrás no tempo e morremos sozinhos, como era princípio (…). Sopro do Côncavo é um olhar sobre a criação, sobre a existência que parte deste vazio despido de conforto. Uma busca eterna pela solidão que reflete o ascendente mais nobre que há em nós. Sopro é a coragem para existir e a vontade de exprimir a poesia. Côncavo é o espaço que fica por detrás da origem, é a profundidade e a nova dimensão.
Pedro Lima Soares
Esta obra nasceu duas vezes e morreu uma. Uma primeira versão foi iniciada no fim de 2016 que chegou aos 6 minutos até ser completamente amarrotada e deitada ao lixo. No início de 2017 comecei a escrever aquela que viria a ser a ‘verdadeira’ Nadir.
Foi esta morte que me impulsionou a escrever a obra da forma que ela existe agora – 6 minutos de música e meses do maior bloqueio criativo. Mote – usar as fraquezas como armas, usar o sofrimento como ferramenta.
This piece is the representation of a prize game where the players are getting crazy trying to guess questions about Aldo. The tape is leading and presenting the game and the saxophone players are the participants. They don’t know who Aldo is and where this game is coming from, they just go crazy every time a new question arrives. At the third question there is a winner (the baritone sax) and as a prize she can play a solo.
«Double» (2015) é uma peça composta para dois percussionistas brilhantes, Miguel Ferreira e Tomás Moital, para os quatro percussionistas que os acompanham e muito especialmente para a Orquestra de Sopros da Escola Superior de Música de Lisboa, no ano do seu 10º aniversário. O seu nome deve-se à natureza compósita dos seus solistas, que contagia os percussionistas da orquestra e todos os seus elementos, num jogo de espelhos de resultados imprevisíveis.
Depois de um primeiro momento, em que, como resultado do seu contracenar, vemos aparecer uma alternância entre secções mais estáticas e secções mais dinâmicas, surge uma secção calmíssima, sugerindo, por fim, um momento de sã convivência. Este momento é, no entanto, bruscamente interrompido por uma coda, em que os dois solistas reavivam a orquestra.
Esta peça é dedicada ao maestro Alberto Roque, pela muita estima e admiração que o seu trabalho me merece.
João Madureira