ClusterLab

ensemble

 

Com o ClusterLAB ensemble, Carlos Marecos tem desenvolvido, desde 2011, um trabalho regular de laboratório com obras obras de estudantes da ESML, bem como com obras de repertório dos séc. XX e XXI.
Já se apresentou no Palácio Nacional da Ajuda, na Universidade de Évora, no Festival Música Viva e em inúmeros eventos da ESML, como nas edições da Semana da Composição de 2014, 2015 e 2016.
Em 2015 o ClusterLAB ensemble realizou ainda um concerto com música para espaços específicos em diferentes espaços da ESML (fora dos auditórios) como no Foyer, biblioteca, carpintaria, garagem e corredores numa colaboração com dança contemporânea com a Faculdade de Motricidade Humana.
Com este ensemble, tem sido realizado um trabalho de experimentação em ensaios colaborativos entre os instrumentistas e compositores, trabalho esse que se pretende aprofundar e desenvolver.

“(…) Tired with all these, from these would I be gone, Save that, to die, I leave my love alone.” (William Shakespeare, Soneto 66)
2015

Transfiguriĝo

Compositor(a)
A peça em questão será “Puis qu’en oubli”, da autoria de Guillaume de Machaut (ca. 1300–1377). A obra original vai sendo gradualmente transfigurada em algo que pouco (ou nada) tem a ver com o seu material de origem, modificando-se, distorcendo-se, expandindo-se… enfim… sabe-se lá que caminho a música seguirá daqui em diante… ou melhor… sabe-se… ou não… ou sim… ou não… João Llano
2015

Prana

Compositor(a)
Prana (sopro de vida) é, segundo as antigas escrituras da filosofia hindu, a energia vital universal que premeia o cosmos, absorvida pelos seres vivos através do ar que respiram. Acredita-se que utilizando vários gestos respiratórios, afim de exercitar e controlar a respiração, é possível controlar a fluidez da energia vital atingido determinados estados de espírito. Traduzir este arquétipo para um discurso musical foi umas das principais energias impulsionadoras para criação destas peça. A sua estrutura foi definida através de diferentes gestos esboçados com intuito de imitar um exercício respiratório, que…
2010

O Jardim

Compositor(a)
Inspirado no conto de Rubem Fonseca, “Henri”, o que aqui temos é uma variação desse mesmo conto.Paris ocupada (1940) e Henry, o homem que não pode escapar a quem é.O que nele habita não o deixa fugir, mesmo se há uma psicanalista que pode (ou poderia) servir-lhe de espelho redentor.Sucede que quem mata e faz desse ofício a meticulosa tarefa de mergulhar dentro de si, não pode encontrar redenção.É Henry, o florista. Ou de certo modo (ou de modo muito muito certo), somos nós todos: por detrás da aparente fragilidade…
Em Memória | Okiya Flor, livremente inspirada no livro Memórias de uma Gueixa de Arthur Golden, realiza-se uma síntese dramática e poética das memórias de uma rapariga japonesa de olhos claros – a Aprendiza –, que perdeu a família no incêndio da sua aldeia e que, sem que lhe fosse dada escolha, foi admitida numa casa de gueixas (Okiya), pela respetiva proprietária e gerente – a Mãe. Na Okiya, a mais experiente (também a mais rentável) e mais bonita gueixa de todas – a Gueixa – vê a sua posição…
Entre o sono e o sonho,Entre mim e o que em mimÉ o quem eu me suponhoCorre um rio sem fim. Passou por outras margens,Diversas mais além,Naquelas várias viagensQue todo o rio tem. Chegou onde hoje habitoA casa que hoje sou.Passa, se eu me medito;Se desperto, passou. E quem me sinto e morreNo que me liga a mimDorme onde o rio corre —Esse rio sem fim. Fernando Pessoa, in “Cancioneiro” Catarina Bispo
Evento/Concerto/Projecto Semana da Composição 2015, ClusterLab
Ditados da Consciência é uma obra de cariz minimal repetitiva. Numa alusão à insistência da consciência de uma pessoa, ou de quase todas as pessoas, esta peça procura indagar, de um modo subjectivo, a dicotomia entre motivos verdadeiramente repetitivos, quais uma consciência um tanto ‘robótica’ do zeitgeist em que vivemos, e a idiossincrasia de um ser humano revelada por motivos ou frases melódicas, que se sobrepõem, ou não, a esse contínuo ascendente social, ou moral, sobre a individualidade que define cada um de nós.
Esta peça foi escrita no contexto da unidade curricular de Técnicas de Composição 6, orientada pelo professor Carlos Marecos, tendo como objectivo fazer uso da intertextualidade entre recursos musicais do passado e do presente. Para esta peça usei como ponto de partida os dois últimos andamentos da ópera “Dido e Eneias” de Henry Purcell, “When I am laid in earth” e “With Drooping Wings”, e desconstruí-os conjugando estes com material de carácter mais moderno. Pedro F. Finisterra      
Evento/Concerto/Projecto Old is New (concerto 1), ClusterLab