Prana

João Ceitil

Informação adicional

  • Media:
  • Partitura: Prana
  • Compositor(a): João Ceitil
  • Ano de Composição: 2015
  • Instituição/Pólo: Escola Superior de Música de Lisboa
  • Categoria: Pequeno ensemble (2-6 exec.)
  • Instrumentação detalhada:

    Flauta, Clarinete, Tuba, Percussão, Violino, Violoncelo e Electrónica.

  • Duração Total: 10'40"
  • Duração: 10 - 15 min
  • Intérprete(s):

    ClusterLab - dir. Carlos Marecos

Prana (sopro de vida) é, segundo as antigas escrituras da filosofia hindu, a energia vital universal que premeia o cosmos, absorvida pelos seres vivos através do ar que respiram. Acredita-se que utilizando vários gestos respiratórios, afim de exercitar e controlar a respiração, é possível controlar a fluidez da energia vital atingido determinados estados de espírito. Traduzir este arquétipo para um discurso musical foi umas das principais energias impulsionadoras para criação destas peça. A sua estrutura foi definida através de diferentes gestos esboçados com intuito de imitar um exercício respiratório, que se configura através de uma espécie de tensão (inspiração), distensão (expiração). Ao contorno (gesto global) que daí resulta e que se repete é aplicado um processo de variação, baseado na conjugação de elementos constantes com elementos variáveis. Este processo pode ser observado a uma micro escala ( dentro de uma secção) bem como a uma macro-escala (entre diferentes secções).

João Ceitil

João Ceitil nasceu em Vila Franca de Xira em 1984. Frequentou o curso de Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, tendo iniciado os seus estudos musicais em 1994 no Instituto Gregoriano de Lisboa onde frequentou o curso geral de piano até ao 4º grau de formação. Os estudos musicais foram posteriormente interrompidos e em 2002 ingressou no Curso de Pintura da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, na qual concluiu a Licenciatura. Ainda assim a paixão pela música esteve sempre presente numa participação activa de cariz autodidacta que mais tarde, em 2011, veio dar origem à candidatura ao curso de composição da Escola Superior de Música de Lisboa. Nesta mesma instituição prosseguiu os seus estudos, tendo como professores Luís Tínoco, Carlos Marecos e Carlos Caires na disciplina de composição. Em 2012 foi convidado a participar no Workshop de composição para repertório de Voz com orquestra, sob a orientação do compositor Marc-André Dalbavie, no âmbito do protocolo criado entre Escola Superior de Música de Lisboa e Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa. Em 2013 foi vencedor do Prémio de Composição SPA-Antena2 integrado no concurso Prémio Jovens Músicos. Em 2014 foi aceite como participante activo no Masterclass de Composição integrado no “Internacional Bartók Seminar and Festival, sob a orientação Peter Eotvos, no qual compôs uma peça intitulada “ChacoN” que recebeu em 2015 uma recomendação na categoria geral da Tribuna Internacional de Compositores - “ 2015 International Rostrum of Composer”. Em 2017 ingressou no mestrado de Musica/Composição na Royal Conservatory the Hague terminando com distinção em 2019. Recentemente está a desenvolver um projeto que envolve composição assistida através de programação direccionada para algoritmos vários e “deep learning”.