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2021

Reflexo

Encomenda da Arte no Tempo para o projecto “Nova Música para Novos Músicos”.
Curta miniatura didática onde a relação entre um gesto instável, composto de pequenos sons sobrepostos, e um gesto longo, ressonante, formam a dicotomia que dirige a peça. Ambos coexistem, sendo a sua predominância desencadeada pelo material musical apresentado pelo instrumento acústico.

Evento/Concerto/Projecto Semana da Composição 2021
Instrumento(s)
2019

Ex-Centro

Centro  
Concêntrico  
Concentro  
Com Centro  
Sem Centro  
Excêntrico  
Ex-Centro.  
Um objecto com um centro  
Ou um ex-centro  
Destabilizado.  
Uma calma concêntrica  
Ou uma energia excêntrica?  

2018

Run

A peça “Run”, finalizada em 2017, é uma primeira experiência ambos na escrita para a Orquestra Contemporânea da Universidade de Évora e na escrita baseada em material cinematográfico, onde o tema é inspirado no filme “Forrest Gump”.

A peça, no formato de A/B/Coda, inicia com a apresentação do tema, que é desenvolvido de forma contrapontística até à ponte para a secção B, onde as Cordas tocam em conjunto num compasso que diminui progressivamente. Na secção B o tema é retrabalhado novamente em contraponto, numa textura mais leve, e priorizando os Sopros e as Guitarras. Finalizando, segue-se uma ponte para a Coda, onde as Cordas tocam em pizzicato em conjunto com o Vibrafone, seguido da demonstração final do tema em tutti orquestral na Coda.

Evento/Concerto/Projecto Semana da Composição 2018

Redefinition…
Nos momentos que antecederam à sua composição, estava nas salas de percussão da Escola Superior de Música de Lisboa a experimentar/improvisar em alguns dos instrumentos que lá estavam. Quando toquei no brake drum apercebi-me que o som resultante era muito interessante e rico, por isso gravei-o e analisei-o. A diversidade, na análise, do som era completamente brilhante, assim retirei algumas das notas do espectro e usei-as como principais notas da obra. No piano construí, a partir daquelas notas, acordes, melodias e contraponto. O início da obra é a combinação entre o som real, descoberto naquele dia nas salas de percussão, juntamente com a fundamental da série dos harmónicos resultante daquele som gravado. Todas as notas seguintes são resultantes da primeira nota, ou fundamental. Por outro lado, a obra possui um carácter teatral onde é pretendido mudar a imagem que recebemos, mas manter o núcleo da fonte sonora no mesmo sítio. Para isso, os percursionistas, solistas, deslocar-se-ão pelo e fora do palco para criar esta ilusão. Ainda, a rotatividade e inacabamento das coisas: nunca nada está concluído, podemos pensar que sim numa determinada altura, mas a nossa percepção poderá mudar, ou não, ao longo do tempo.

Daniel Davis

Evento/Concerto/Projecto Old is New (concerto 1)

Philippina é uma dedicatória ao corpo vivo. Ao seu movimento. À sua capacidade de nunca ficar estático por completo. Todos os gestos musicais presentes querem refletir uma imagem de dois bailarinos e a sua linguagem corporal, a sua luminosidade.

Philippina Bausch foi a minha companhia. O maestro Alberto Roque, o João e o Marco, a minha certeza. A eles dedico esta revolução em mim.

Esta peça faz parte de um estudo que tenho vindo a desenvolver sobre gesto musical, com o tema: “Gesto – a Música sobre um plano coreográfico”. O objecto artístico final terá dois bailarinos em palco, acompanhados pelos solistas e pela orquestra.

A obra Sopro do Côncavo foi composta no âmbito do III Concurso Nacional de Composição da Banda Sinfónica Portuguesa tendo sido posteriormente premiada e dirigida na sua estreia pelo Maestro Pedro Neves, na Sala Suggia da Casa da Música, no Porto, em Fevereiro de 2015. [em 2017 a obra foi revista pelo compositor.] De uma perspetiva muito abstrata e direcionada para a forma da peça, assistimos três momentos que refiro nestas breves notas pela importância que eles representaram para mim na estrutura poética da obra. Inicialmente o vazio que nos leva à profundidade seguida por uma panorâmica de tensão. Concretizado o nascimento da peça, ouvimos um sopro, ganhamos a coragem para proferir o verbo, somos vivos e enérgicos. No fim, contraímos o peito para dentro, pouco a pouco voltamos atrás no tempo e morremos sozinhos, como era princípio (…). Sopro do Côncavo é um olhar sobre a criação, sobre a existência que parte deste vazio despido de conforto. Uma busca eterna pela solidão que reflete o ascendente mais nobre que há em nós. Sopro é a coragem para existir e a vontade de exprimir a poesia. Côncavo é o espaço que fica por detrás da origem, é a profundidade e a nova dimensão.

Pedro Lima Soares

2017

Nadir

Esta obra nasceu duas vezes e morreu uma. Uma primeira versão foi iniciada no fim de 2016 que chegou aos 6 minutos até ser completamente amarrotada e deitada ao lixo. No início de 2017 comecei a escrever aquela que viria a ser a ‘verdadeira’ Nadir.

Foi esta morte que me impulsionou a escrever a obra da forma que ela existe agora – 6 minutos de música e meses do maior bloqueio criativo. Mote – usar as fraquezas como armas, usar o sofrimento como ferramenta.

2018

Disruption

Esta peça foi escrita a pedido do Professor C. Bochmann para o Grupo de Música Contemporânea da Universidade de Évora. O objectivo foi aproveitar as capacidades deste grupo de instrumentos pouco habitual, contrapondo o dinamismo dos ataques fortes do “tutti” com simples melodias fragmentadas por vários agrupamentos mais pequenos de instrumentos. A peça apresenta um forma A – B- A’.