A propósito de Multidão III - Aquele
Sinopse
Entramos num ensaio geral, a preparação para um espetáculo que Rui há muito antecipava. O palco seria dele por uns momentos, e conseguia já imaginar a futura interpretação… O som, a música, o silêncio, seriam todos dele, a independência pela qual ele trabalhara durante tanto tempo. A multidão estaria lá para o aplaudir, essa ideia dava-lhe forças para continuar. Mas ele estava nervoso, tão nervoso, nunca tinha feito isto antes, não sozinho. Seria a altura dele brilhar, independentemente do medo que o pudesse assaltar neste preciso momento…
Nuno Cruz, Outubro de 2018
Texto reflexivo
Breve reflexão geral:
A loucura. A realidade, e a falta dela. Um indivíduo que é três, ou que não é nenhum. Várias personalidades, alter egos, ou delírio e alucinação. Dissociação. Psicose. A loucura: o caos cá dentro.
É esta a minha obra. Uma narrativa que explora a mente: os seus labirintos, o seu vigor.
Breve reflexão técnico-científica:
Tendo em conta a natureza e as qualidades do libreto, impôs-se a demanda de um novo e inédito paradigma composicional e de um novo modelo performativo que pudessem potenciar substancialmente a preterição do texto em detrimento de todos os outros componentes e elementos da obra, promovendo-se assim a
efectiva superação do libreto.
Deste modo, a partir de uma conceptualização inicial e através da realização de várias investigações e experiência musicais e performativas, conseguiu-se sistematizar um conjunto de novas regras e normas composicionais e performativas que, em última instância, se constituíram como paradigmas orientadores de todo o processo criativo e, posteriormente, de todo o processo performativo.
Toda a Ópera
Multidão I - Primeiro
Multidão II - Vera
Multidão III - Aquele