Semana da Composição 2020

18 a 23 Maio | Live no Facebook

SEMANA DA COMPOSIÇÃO
Escola Superior de Música de Lisboa

Esta obra é dedicada ao meu amigo e jovem compositor polaco Jakub Montewka.Após uma conversa com este meu compositor amigo sobre a relação entre música e luz / cor, decidi explorar profundamente essa mesma ideia e daí surgiu esta obra. “Lekki” significa luzsuave em polaco e “Po”, é um prefixo que acrescentei, seguido o estilo do grande poeta Bolesław Leśmian, desta forma procurei uma maior proximidade fonética ao vocábulo“polaco”.
Tem uma estrutura simples de ABA. Melodicamente situa-se algures entre Richard Strauss e Béla Bartok, e harmonicamente fui buscar muito de Claude Debussy e Olivier Messiaen.

A peça baseia-se na ideia de multiculturalidade e de espaço sem fronteiras, numa visão do mundo como um Lugar Comum a todos. Encontra-se ainda em processo de composição, pelo que o que é apresentado é apenas um breve excerto. Aceitando o grande desafio de fazer música de câmara à distância, a peça foi inteiramente tocada e gravada em situação de confinamento, durante o mês de abril de 2020.

 

[excerto, work in progress]

 

Esta peça tem como objetivo levar o ouvinte a apreciar a beleza dos sons da natureza, mais concretamente da água do mar. Sendo que estes elementos sonoros fazem parte do meu ser enquanto pessoa, naturalmente refletem-se na minha obra. Todas as técnicas utilizadas tanto musicalmente como em vídeo têm esse movimento ondular, como notamos no mar. O seu título é retirado do símbolo químico da água.

A refração da luz gerada por uma lente consegue alterar o modo como nós apreendemos a realidade. Deste modo, esta peça é um ensaio sobre as refrescantes realidades observadas através de diversas lentes, tendo a eufórica experimentação como principal foco.

Artificial intelligence é uma obra que comecei a compor no final de 2019. Numa contemplação sobre a criação artística eu realizo uma comparação entre a entidade criadora e o conceito tecnológico de inteligência artificial. Deste modo realizo uma pseudo-sátira na produção das artes atualmente, nomeadamente, da música como um conjunto de processos pré-estruturados de forma “artificial”. Essa comparação entre a mente humana com a “mente” tecnologica vai estar sempre presente na obra, visto que eu tento realizar composicionalmente processos com características programadas/sequenciais

A obra Declamação/ões, é um conjunto de 4 obras para instrumentos de arco, compostos entre 2019-20, que incluem, dois duetos com eletrónica, uma peça solo e electrónica e um quinteto de cordas, baseado no poema “Ignomínia” de Inês Vales que me foi dedicado.

A obra Declamação/ões, é um conjunto de 4 obras para instrumentos de arco, compostos entre 2019-20, que incluem, dois duetos com eletrónica, uma peça solo e electrónica e um quinteto de cordas, baseado no poema “Ignomínia” de Inês Vales que me foi dedicado.
Para construir as linhas musicais tocadas pelos instrumentistas é analisado espectralmente uma declamação do poema por uma jovem estudante de teatro.
As 5 diferentes linhas músicas compostas com relações rítmicas, tímbricas, melódicas e harmônicas entre si, são então subjugadas a diferentes contextos musicais, nomeadamente quinteto e duo ou solo com electrónica, criando assim uma experiência auditiva completamente diferente de uma mesma linha musical.

Esta peça é um estudo sobre possibilidades de interação entre o violino e sons electrónicos, e pretende ter uma abordagem didática à prática da música mista. Os sons electrónicos derivam ora de sons sintetizados, sons de violino ou outros sons concretos que procuram estabelecer uma ligação principalmente gestual, mas também harmónica, com a parte de violino.