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Obras | Compositores
A peça “Run”, finalizada em 2017, é uma primeira experiência ambos na escrita para a Orquestra Contemporânea da Universidade de Évora e na escrita baseada em material cinematográfico, onde o tema é inspirado no filme “Forrest Gump”.
A peça, no formato de A/B/Coda, inicia com a apresentação do tema, que é desenvolvido de forma contrapontística até à ponte para a secção B, onde as Cordas tocam em conjunto num compasso que diminui progressivamente. Na secção B o tema é retrabalhado novamente em contraponto, numa textura mais leve, e priorizando os Sopros e as Guitarras. Finalizando, segue-se uma ponte para a Coda, onde as Cordas tocam em pizzicato em conjunto com o Vibrafone, seguido da demonstração final do tema em tutti orquestral na Coda.
Tertúlia (2018) é uma obra composta para o Grupo de Música Contemporânea da Universidade de Évora; é uma de dez peças escritas para a respectiva formação anual deste grupo.
A peça é uma sequência de várias secções de características diferentes. A duração variável de cada uma destas secções define certos pesos diferentes e constantemente flutuantes, alterando assim a perspectiva com que se aprecia cada tipo de música.
Em termos objetivos, a forma é: ABACBADBCABDCDE. Cada uma das secções A, Be Cé de tamanho diferente; apenas a secção De sempre do mesmo tamanho. A secção E(a última) é a maior de todas.
A pluralidade de tipos diferentes de música e as intervenções alternadas de todos os instrumentos cria uma verdadeira mesa redonda em que todos têm a oportunidade de contribuir à conversa musical coletiva.
Rumor quase branco: “… rumor branco que em si todos os rumores abrange os mundos todos.” (sic) Este excerto do romance Rumor Branco de Almeida Faria define bem o conceito de branco. É o Tudo: no som, a soma de todas as frequências; na luz, todas as cores. Este é o ponto de partida – o Tudo, o ruído – que vai sendo filtrado até ao som definido. Uma construção de subtracções. Depois de filtrado, o som torna-se definido, cada vez mais harmónico. Agora, uma construção de adições – a Harmonia.
João Caldas
Esta peça tem como objetivo levar o ouvinte a apreciar a beleza dos sons da natureza, mais concretamente da água do mar. Sendo que estes elementos sonoros fazem parte do meu ser enquanto pessoa, naturalmente refletem-se na minha obra. Todas as técnicas utilizadas tanto musicalmente como em vídeo têm esse movimento ondular, como notamos no mar. O seu título é retirado do símbolo químico da água.
A refração da luz gerada por uma lente consegue alterar o modo como nós apreendemos a realidade. Deste modo, esta peça é um ensaio sobre as refrescantes realidades observadas através de diversas lentes, tendo a eufórica experimentação como principal foco.
Esta peça foi escrita a pedido do Professor C. Bochmann para o Grupo de Música Contemporânea da Universidade de Évora. O objectivo foi aproveitar as capacidades deste grupo de instrumentos pouco habitual, contrapondo o dinamismo dos ataques fortes do “tutti” com simples melodias fragmentadas por vários agrupamentos mais pequenos de instrumentos. A peça apresenta um forma A – B- A’.