Flor
Minha querida flor, diz-me o teu segredo. Diz-me o nome da rosa que trazes ao peito, da margarida que se esconde nos campos, do malmequer que tanto bem me quer… Ah! Mas flor não és, senão mais afilado espinho, porém por bem. Por bem, pois só esse espinho, na dureza e crueldade vil do seu ser, se poderia cravar no meu coração. Que digo eu! Não és nem flor, nem espinho, nem Esperança nem consolo. Não és Sol, Lua, Céu estrelado nem Mar infinito, não és amor nem paixão, nem perdição do meu coração. Muito menos serás escultura, obra-prima dos maiores mestres, nem Deusa, nem Musa, ou Perfeição. És apenas mulher, e é por isso que te quero. Amo-te…
Pedro F. Finisterra