• Título da obra: Intimidade
  • Partitura: Intimidade
  • Compositor(a): Tiago Cabrita
  • Ano de Composição: 2010
  • Instituição/Pólo: Escola Superior de Música de Lisboa
  • Categoria: Pequeno ensemble (2-6 exec.)
  • Instrumentação detalhada: Saxofone alto e Piano
  • Duração Total: 9'10"
  • Duração: 5 -10 min
  • Intérprete(s): Artur Mendes - saxofone alto Iryna Brazhnik - piano

Texto/Artigo/Dissertação/Relatório:

Mestrado em Música
Ressonância(s): processos de escrita musical
Dissertação – Mestrado em Música
Tiago Cabrita
  http://hdl.handle.net/10400.21/8350


Abstract: O estudo presente neste relatório é uma reflexão acerca de uma perspetiva sobre a ressonância no contexto da composição musical, em especial, a partir do conjunto das peças, escritas para este Mestrado, “Intimidade” (Saxofone e Piano), “Anticlockwise” (Violino solo, Encomenda da 25ª Edição do Prémio Jovens Músicos), “O Vulto da Consciência” (Soprano, Duas Flautas e Percussão), “A Vida Inteira” (Encomenda do Teatro Nacional S. Carlos), “Voem, Asas..” (Clarinete e Vibrafone), “Reflexos da Memória de uma Criança” (Violoncelo e Pequena Orquestra), “Unexpressions Revisited” (Orquestra de Cordas) e “Do Outro Lado do Espelho” (para dois Pianos). Baseado na bibliografia apresentada e na observação de peças de outros compositores, propus-me refletir sobre o modo como a ressonância é tratada no universo das oito peças em análise.

Este estudo levou-me a ter uma maior consciência dos processos que envolvem o meu trabalho de criação musical e a chegar a um conjunto de aplicações do conceito de ressonância na escrita instrumental, as quais me ajudarão certamente a dar os próximos passos nesse percurso. Apesar da utilização destes conceitos ter sido bastante livre nas oito obras escritas, ficou a convicção de que a clarificação das referidas aplicações pode ser um contributo para que cada uma delas tenha uma “assinatura própria” em termos sonoros na escrita musical.

 

 

A peça Intimidade foi escrita entre o final de 2010 e o princípio de 2011 e é dedicada ao AiDuo de Artur Mendes e Iryna Brazhnik.

Escrevi nas Notas de Programa da estreia (em Maio de 2012 nos Jardins de Inverno do Teatro S. Luiz em Lisboa): “Intimidade é um conjunto de vários espaços diferentes, profundos, onde existem monólogos, diálogos e verdadeiros (des)encontros entre duas pessoas. Intimidade é um leque variado…da ternura ao ímpeto, do mistério à total transparência…Intimidade é isso mesmo, o que está por dentro. É algo que é só nosso.”
De um ponto de vista mais técnico, aproveitei para trabalhar questões como o(s) tipo(s) de diálogo que pode(m) existir no contexto da Música de Câmara entre os instrumentos envolvidos e ainda outras ideias que se prendem com a ressonância e a sua aplicação no contexto da composição musical.

Tiago Cabrita, março de 2016

  

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Tiago Cabrita

Escola Superior de Música de Lisboa

Tiago Cabrita licenciou-se em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa onde foi orientado por João Madureira, Luís Tinoco e Carlos Marecos e em 2013 concluiu o Mestrado em Música (Composição) com orientação de António Pinho Vargas e Carlos Marecos com a Tese “Ressonância(s): Processos de Escrita Musical”. Frequentou masterclasses de Composição com Emmanuel Nunes, Marc-André Dalbavie, Peter Hamel e Ertugrul Sevsay. Ganhou o 1º Prémio no Concurso Internacional de Jovens Compositores da Cidade de Portimão na categoria de “Grupo Misto”, com a obra “Quasi una Maré”. Participou no 8º Workshop para Jovens Compositores da Orquestra Gulbenkian com a peça “Retorno”, dirigida pela Maestrina Joana Carneiro, e no Festival Música Viva, da MisoMusic Portugal, com a peça “Sopro da Alma” para Flauta, na sua versão com Eletrónica em Tempo Real e contou com a Encomenda da peça “Anticlockwise” para Violino Solo pelo Prémio Jovens Músicos/RTP-Antena 2. Em 2012 estreia a Ópera curta “A Vida Inteira”, com libreto de António Carlos Cortez, a partir de um poema de Ruy Belo, que foi dirigida por João Paulo Santos e encenada por Luis Miguel Cintra, no Teatro Nacional de S.Carlos. A sua peça “Do Outro Lado do Espelho” (2013) foi estreada em Friburg, Suiça pelo Duo Pianissimo. Estreou em 2014, “Uma vez que já tudo se perdeu” para Coro e Orquestra de Cordas (poema de Ruy Belo), peça interpretada pela Sinfonietta de Lisboa e dirigida por Vasco Pearce de Avezedo. Em 2015 estreia no Festival Ao Largo a Ópera “O Deus do Vulcão” com libreto de António Pacheco (segundo uma história de F. Barata), primeira Ópera a fundir o Gamelão de Java com música ocidental. A estreia contou com elementos da Orquestra Sinfónica Portuguesa, o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, o Yogistragong (grupo de Gamelão) e a direção de Osvaldo Ferreira. Em 2016 o Virtuoso Soloists of New York estreia “Love’s Voice” sobre haikus de Richard Zimler e em 2017 estreará a Ópera “O Jardim” (2010) numa produção apoiada pelo IPL – Instituto Politécnico de Lisboa. A sua obra “Intimidade” para Saxofone e Piano foi gravada pelo Ai Duo no seu primeiro registo “On the Way…”. Leciona no Colégio Moderno desde 2007 e na Escola de Música do Colégio Moderno desde a sua fundação, em 2012.