Old is New (concerto 1)

24, 25, 26 NOV | na ESML e no CESEM
OLD IS NEW - The Presence of the Past in the Music of the Present - International Conference

Concerto 1
24 Nov | Auditório Vianna da Motta

www.esml.ipl.pt/index.php/actividades/item/5021-old-is-new-the-presence-of-the-past-in-the-music-of-the-present-international-conference

 

Esta peça foi escrita no contexto da unidade curricular de Técnicas de Composição 6, orientada pelo professor Carlos Marecos, tendo como objectivo fazer uso da intertextualidade entre recursos musicais do passado e do presente. Para esta peça usei como ponto de partida os dois últimos andamentos da ópera “Dido e Eneias” de Henry Purcell, “When I am laid in earth” e “With Drooping Wings”, e desconstruí-os conjugando estes com material de carácter mais moderno.

Pedro F. Finisterra

Redefinition…
Nos momentos que antecederam à sua composição, estava nas salas de percussão da Escola Superior de Música de Lisboa a experimentar/improvisar em alguns dos instrumentos que lá estavam. Quando toquei no brake drum apercebi-me que o som resultante era muito interessante e rico, por isso gravei-o e analisei-o. A diversidade, na análise, do som era completamente brilhante, assim retirei algumas das notas do espectro e usei-as como principais notas da obra. No piano construí, a partir daquelas notas, acordes, melodias e contraponto. O início da obra é a combinação entre o som real, descoberto naquele dia nas salas de percussão, juntamente com a fundamental da série dos harmónicos resultante daquele som gravado. Todas as notas seguintes são resultantes da primeira nota, ou fundamental. Por outro lado, a obra possui um carácter teatral onde é pretendido mudar a imagem que recebemos, mas manter o núcleo da fonte sonora no mesmo sítio. Para isso, os percursionistas, solistas, deslocar-se-ão pelo e fora do palco para criar esta ilusão. Ainda, a rotatividade e inacabamento das coisas: nunca nada está concluído, podemos pensar que sim numa determinada altura, mas a nossa percepção poderá mudar, ou não, ao longo do tempo.

Daniel Davis

A peça em questão será “Puis qu’en oubli”, da autoria de Guillaume de Machaut (ca. 1300–1377). A obra original vai sendo gradualmente transfigurada em algo que pouco (ou nada) tem a ver com o seu material de origem, modificando-se, distorcendo-se, expandindo-se… enfim… sabe-se lá que caminho a música seguirá daqui em diante… ou melhor… sabe-se… ou não… ou sim… ou não…

João Llano

Lumière sans déclin foi escrito em 2002, sob encomenda do Festival “Jusqu’aux Oreilles” em Montréal, Canadá, e estreado pela orquestra Les Voix Baroques a 23 de Agosto do mesmo ano.