Esta peça explora as interacções entre a Harpa e Electrónica em tempo real numa mistura entre secções estruturalmente definidas e outras mais livres, com liberdade de improvisação, tendo o papel da electrónica uma dupla função: a síntese de sons e manipulação dos mesmos em tempo real e a de “expansão” do papel da Harpa, transpondo, dando mais reverberação e fazendo delays. A programação da electrónica foi desenvolvida numa cadeira de projecto de informática musical tendo sido este o embrião que deu origem à peça.
Pedro F. Finisterra
Pedro F. Finisterra
Escola Superior de Música de Lisboa
Nascido em Lisboa, 1994, estudou no Conservatório de Música de Santarém, concluindo os seus estudos em 2013. Fez a licenciatura em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa (2013-2016), tendo como orientadores Carlos Marecos, Carlos Caires e Luís Tinoco. Frequentou o Mestrado em Música – Ramo Composição sob orientação de Carlos Marecos. Em 2018 terminou um MA em Opera Making & Writing – Composition Path na Gui-ldhall School of Music and Drama, sob a orientação de Julian Philips. Foi baixista na Big Band Júnior (2010-2014), dirigida por Claus Nymark e é ainda um dos organizadores do festival “Peças Frescas – Edição Açores”, festival anual de música contemporânea portu-guesa que se realiza em Ponta Delgada. Obras que se destacam: “Eu não sei...” (para Barítono e Órgão; poema de Duarte Cruz), “Prjkt.Hrp” (para Harpa e Electrónica em Tempo Real), “Contraditório” (performance de música e dança), “¡¿Lamento?!”, (para pequeno ensemble, baseado na ópera “Dido e Eneias” de Henry Purcell), “Contos da Criação: Lilith” (oratória base-ada na relação entre Adão e Lilith segundo textos judaicos, para Narrador, Soprano, Barítono e Pequena Orquestra de Sopros; libreto de Nuno Cruz), “Flor” (performance de música e dança), “@ctb.exp#1” (para contrabaixo solo, encomendada para a 31ª edição do festival “Prémio Jovens Músicos”), “Nymphus – Mithraic Initiation Rite Number Two” (cena de ópera baseada num ritual de iniciação do culto do deus Mitra, para Mezzo Soprano, Tenor, Barí-tono e Piano; libreto de Edward Einhorn) e “The Boy Who Wanted to be a Robot” (ópera de câmara para 5 cantores e ensemble misto que conta a história de um mundo dominado por robôs, onde a humanidade está quase extinta e onde o único humano criado em laboratório pelos robôs para salvar a humanidade quer também ele se tornar num robô; libreto de Edward Einhorn).