O horizonte de uma borboleta retrata uma espécie de metáfora da procura. A persistência em alcançar o desconhecido e o indefinido, através de sucessivas transformações. É também uma antípoda entre algo longínquo, eterno e misterioso (O horizonte), com algo frágil e de alcance singular (a borboleta). Representa ainda o paradigma da produção artística atual e do seu efeito efémero. Por outras palavras, a obra é criada, é apresentada (por vezes), tem o seu tempo de destaque (por vezes) e desaparece para sempre, tal como a curta vida “de uma borboleta”. Depois… “o horizonte” é demasiado grande para recordar um pequeno ponto.
Hugo Vasco Reis
Imagem de Fundo
Tela finalizada em 2007, pertencente à série “Ecos-Ventos” de Paula Rito. Acrílico e papel sobre tela, com as dimensões 80x150cm. Apresentada na galeria Quattro e na Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, em 2008 e 2009 respetivamente.
Hugo Vasco Reis
Escola Superior de Música de Lisboa
Hugo Vasco Reis (Lisboa, 1981) é compositor, guitarrista (guitarra portuguesa) e engenheiro. Como guitarrista estudou na Escola de Jazz do Porto, no Conservatório de Música do Porto e na classe particular de Pedro Caldeira Cabral. Como compositor estudou harmonia e contraponto com João Heitor-Rigaud e composição na Escola Superior de Música de Lisboa (BA Music). Participou em masterclasses com Alicia Terzian (Argentina), Achim Christian Bornhoeft (Áustria), Luigi Abbate (Itália) e Ivan Moody (Inglaterra). O seu catálogo contém obras para orquestra, música de câmara, instrumentos a solo e electroacústica, sendo interpretadas em várias salas de concerto e premiadas em diversos concursos. Como guitarrista, actua regularmente como solista (em recitais) e em música de câmara (fado). Editou o álbum a solo "Poema Anacrónico" para guitarra portuguesa. Alguns dos seus projectos contam com o apoio do Ministério da Cultura, DGArtes, Antena 2 e Escola Superior de Música de Lisboa.