• Título da obra: Açores, descoberta de um novo mundo
  • Partitura: Açores
  • Compositor(a): João Fonseca e Costa
  • Ano de Composição: 2014
  • Instituição/Pólo: Escola Superior de Música de Lisboa
  • Categoria: Orquestra
  • Instrumentação detalhada: 2.2.2.2/4.2.2.0.0/Tmp/Hrp/10.8.6.5.4
  • Duração Total: 6'52''
  • Duração: 5 -10 min
  • Intérprete(s): Orquestra Sinfónica da ESML - Dir.: Vasco Pearce de Azevedo
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Açores, Descoberta de um novo mundo (2014) foi a primeira peça que escrevi para orquestra sinfónica. Quis nela ilustrar musicalmente a descoberta do arquipélago dos Açores em 1427, por Diogo de Silves. Esta obra tem assim um enorme significado para mim porque retrata um episódio seminal para a terra onde nasci.
Embora de curta duração (5’), devido a ter sido escrita para um concurso interno da ESML, a estrutura divide-se em alguns momentos contrastantes, sendo que a parte inicial possuiu um carácter calmo e liso que pretende descrever o mar em que navega Diogo de Silves. Segue-se o clímax da peça, onde a orquestra exibe uma sonoridade brilhante, sendo que esta secção triunfal procura ilustrar o momento da descoberta dos Açores.


Depois da secção da “descoberta” segue-se a descrição da paisagem verde e do mar que envolve as ilhas açorianas, através de um longo solo do fagote apenas apoiado pelas cordas e, por fim, surge a parte final da peça. Nesta parte final procurei reflectir o que se teria passado – psicologicamente – no espírito dos navegadores ao questionarem-se sobre o mistério do interior de cada uma das ilhas.
No entanto, esse mistério ficará – musicalmente – por resolver, uma vez que, não podendo a obra ter mais do que 5’, não tive ocasião de desenvolver o tema na sua plenitude, pelo que a peça termina de forma inconclusiva.
O “mistério” desta peça acabou por ser concluído noutra obra que escrevi em 2015 – “Uma Viagem no Atlântico” - cujo tema é a descoberta e exploração dos Açores, porém a obra nunca chegou a ser tocada.

 

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João Fonseca e Costa

Escola Superior de Música de Lisboa

João Fonseca e Costa (n.1994), natural de Ponta Delgada (Açores, Portugal) iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Regional de Ponta Delgada em Violino com a Prof.ª Lídia Medeiros e mais tarde em Viola D´arco com a Prof.ª Shelly Ross. Em 2012 ingressou no Curso de Música, variante Composição, na Escola Superior Música de Lisboa (ESML) onde trabalhou com os professores Luís Tinoco, Sérgio Azevedo, António Pinho Vargas, Carlos Caires, Carlos Marecos, José Luís Ferreira, Roberto Pérez e Carlos Fernandes, concluindo a Licenciatura em Composição em 2015. Realizou masterclasses de composição com o compositor Luigi Abbate. Do seu reportório já estreado destacam-se Saudade (2016) para ensemble, De Profundis (2016) para Coro e Orquestra de Sopros, Magnum Mysterium (2015) para Coro SATB a capella, Enigma (2014) para Clarinete Solo e Açores, descoberta de um novo mundo (2014) para Orquestra Sinfónica. A par da Composição mantém atividade como coralista no Coro de Câmara da ESML, no Coro Ricercare e no Ensemble Desafinados, tendo participado no 1º estágio do Coro Gulbenkian em 2016, que culminou num concerto dirigido pelo Maestro Gustavo Dudamel. Atualmente frequenta o 2º ano de Mestrado em Música na ESML, sob a orientação de Carlos Caires e é Bolseiro de Investigação FCT no CESEM - Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical/Pólo do IPL-ESML.