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No entanto, Ansel Adams imaginou-a a preto e branco.
Realidade circunscrita numa fotografia cujo propósito é o seu próprio afastamento.
Artificial intelligence é uma obra que comecei a compor no final de 2019. Numa contemplação sobre a criação artística eu realizo uma comparação entre a entidade criadora e o conceito tecnológico de inteligência artificial. Deste modo realizo uma pseudo-sátira na produção das artes atualmente, nomeadamente, da música como um conjunto de processos pré-estruturados de forma “artificial”. Essa comparação entre a mente humana com a “mente” tecnologica vai estar sempre presente na obra, visto que eu tento realizar composicionalmente processos com características programadas/sequenciais
Sussurro de autómatos eléctricos, bzzz cling clang pim pum, o frémito dos utensílios e engenhos de todo o tipo que nos rodeiam o quotidiano, o contínuo entre concreto e abstracto, o ruído como bloco em bruto a partir do qual se esculpe um universo de possibilidades sonoras e, reciprocamente, os sons que em si carregam a memória ou a fantasia do ruído de onde brotaram. Puro e impuro. Um catálogo de transições, sinal quebrado, interrompido, cortado por intromissões, tanto ilídimas como forçosas. Uma melodia obstinada, ubíqua, uma vez e outra, a cada reinício numa roupagem única.
Nuno Trocado