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2018

Run

A peça “Run”, finalizada em 2017, é uma primeira experiência ambos na escrita para a Orquestra Contemporânea da Universidade de Évora e na escrita baseada em material cinematográfico, onde o tema é inspirado no filme “Forrest Gump”.

A peça, no formato de A/B/Coda, inicia com a apresentação do tema, que é desenvolvido de forma contrapontística até à ponte para a secção B, onde as Cordas tocam em conjunto num compasso que diminui progressivamente. Na secção B o tema é retrabalhado novamente em contraponto, numa textura mais leve, e priorizando os Sopros e as Guitarras. Finalizando, segue-se uma ponte para a Coda, onde as Cordas tocam em pizzicato em conjunto com o Vibrafone, seguido da demonstração final do tema em tutti orquestral na Coda.

Evento/Concerto/Projecto Semana da Composição 2018
2021

Diazepam

"[The] absence of humanity is a fulfillment so graceful, that even God wouldn't understand if he invented it".

- Buke.

Evento/Concerto/Projecto Semana da Composição 2021
Instrumento(s)
2021

Florestal

A peça evoca um ambiente de árvores e animais, a sonoridade provocada por
estes e a inter-relação deste alinhamento natural.
Há momentos onde o ritmo por vezes torna-se mais regular, que correspondem aos hábitos da vida animal. Outros momentos estão mais ligados à espontaneidade da natureza e ao
instinto.

Evento/Concerto/Projecto Semana da Composição 2021
Instrumento(s)

Untied scrawls, preenchida de pensamentos desligados, soltos, variados, frases articuladas e gestos simples sucedem-se como rabiscos desatados…

Isabel Pires

Evento/Concerto/Projecto Old is New (concerto 2)
Instrumento(s)

A escrita desta obra deu-se no âmbito do meu mestrado em composição cujo objeto de estudo é a relação da pintura com a composição musical. Neste sentido, a escrita desta obra iniciou-se pelo estímulo visual de uma pintura de Wassily Kandinsky e da reflexão sobre o livro de Rudolf Arnheim: O Poder do Centro.
Os fatores determinantes na escolha da pintura foram a sua beleza e o facto de conter figuras geométricas bastante precisas – círculos, triângulos, linhas retas, entre outros – que parecem ter sido feitos com régua. O cuidado de escolher formas geométricas precisas, deve-se à definição dos seus contornos, possibilitando uma maior clareza dos gestos melódicos e harmónicos.

A peça em questão será “Puis qu’en oubli”, da autoria de Guillaume de Machaut (ca. 1300–1377). A obra original vai sendo gradualmente transfigurada em algo que pouco (ou nada) tem a ver com o seu material de origem, modificando-se, distorcendo-se, expandindo-se… enfim… sabe-se lá que caminho a música seguirá daqui em diante… ou melhor… sabe-se… ou não… ou sim… ou não…

João Llano

Evento/Concerto/Projecto Old is New (concerto 1)
2018

Tertúlia

Tertúlia (2018) é uma obra composta para o Grupo de Música Contemporânea da Universidade de Évora; é uma de dez peças escritas para a respectiva formação anual deste grupo.
A peça é uma sequência de várias secções de características diferentes. A duração variável de cada uma destas secções define certos pesos diferentes e constantemente flutuantes, alterando assim a perspectiva com que se aprecia cada tipo de música.
Em termos objetivos, a forma é: ABACBADBCABDCDE. Cada uma das secções A, Be Cé de tamanho diferente; apenas a secção De sempre do mesmo tamanho. A secção E(a última) é a maior de todas.
A pluralidade de tipos diferentes de música e as intervenções alternadas de todos os instrumentos cria uma verdadeira mesa redonda em que todos têm a oportunidade de contribuir à conversa musical coletiva.

This piece wants to give an idea of recalls (richiami) which come from different directions, sometimes getting more intense or overlapping each other. The percussionist is confused and doesn’t know which one to follow, like he is lost in a crossroad with three similar roads.

Evento/Concerto/Projecto Semana da Composição 2018
2017

Quéops

Esta obra musical foi iniciada numa altura em que me preparava para escrever uma série de quartetos. Desse modo, defini à partida que o número “quatro” fosse base do processo composicional, funcionando como um esqueleto deste trio.Assim, “Quéops” é uma narrativa que se divide em quatro blocos formais distintos, cada um com uma personalidade bem vincada e distinta.A coexistência dos números “três” e “quatro” é comum a esta peça e a qualquer pirâmide triangular (sólido constituído por 4 faces, mas apenas 3 arestas por face), como é o caso do túmulo do faraó “Quéops”.

Instrumento(s)
2015

Prana

Prana (sopro de vida) é, segundo as antigas escrituras da filosofia hindu, a energia vital universal que premeia o cosmos, absorvida pelos seres vivos através do ar que respiram. Acredita-se que utilizando vários gestos respiratórios, afim de exercitar e controlar a respiração, é possível controlar a fluidez da energia vital atingido determinados estados de espírito. Traduzir este arquétipo para um discurso musical foi umas das principais energias impulsionadoras para criação destas peça. A sua estrutura foi definida através de diferentes gestos esboçados com intuito de imitar um exercício respiratório, que se configura através de uma espécie de tensão (inspiração), distensão (expiração). Ao contorno (gesto global) que daí resulta e que se repete é aplicado um processo de variação, baseado na conjugação de elementos constantes com elementos variáveis. Este processo pode ser observado a uma micro escala ( dentro de uma secção) bem como a uma macro-escala (entre diferentes secções).