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2018

Ausência

Ausência | 

Num deserto sem água

Numa noite sem lua

Num País sem nome

Ou numa terra nua

 

Por maior que seja o desespero

Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

2018

2458208

Sussurro de autómatos eléctricos, bzzz cling clang pim pum, o frémito dos utensílios e engenhos de todo o tipo que nos rodeiam o quotidiano, o contínuo entre concreto e abstracto, o ruído como bloco em bruto a partir do qual se esculpe um universo de possibilidades sonoras e, reciprocamente, os sons que em si carregam a memória ou a fantasia do ruído de onde brotaram. Puro e impuro. Um catálogo de transições, sinal quebrado, interrompido, cortado por intromissões, tanto ilídimas como forçosas. Uma melodia obstinada, ubíqua, uma vez e outra, a cada reinício numa roupagem única.

Nuno Trocado

Esta peça foi escrita no contexto da unidade curricular de Técnicas de Composição 6, orientada pelo professor Carlos Marecos, tendo como objectivo fazer uso da intertextualidade entre recursos musicais do passado e do presente. Para esta peça usei como ponto de partida os dois últimos andamentos da ópera “Dido e Eneias” de Henry Purcell, “When I am laid in earth” e “With Drooping Wings”, e desconstruí-os conjugando estes com material de carácter mais moderno.

Pedro F. Finisterra

 

 

 

Evento/Concerto/Projecto Old is New (concerto 1)
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